Crédito: DivulgaçãoNa tarde da última quarta-feira (26), acadêmicos da Universidade da Maturidade (UMA) participaram do evento que encerra as atividades do mês dedicado às pessoas da maturidade – chamado Junho Prata. A solenidade aconteceu na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e reuniu pesquisadores, integrantes do Conselho do Idoso de municípios do interior, bem como docentes, pesquisadores, deputados e o secretário nacional dos direitos da pessoa idosa, Alexandre da Silva.
O coordenador estadual da UMA/UEMS, Dr. Dejanires Lageano Neto, ressaltou a participação dos alunos no encerramento do mês dedicado aos que estão na fase da experiência de vida e pelos anos percorridos na própria história. Também evidenciou a emoção ao ver representantes da Universidade Estadual, na composição da mesa de autoridades. “Hoje estamos encerrando o maior evento da pauta do envelhecimento humano no MS “Junho Prata”. A UMA/UEMS esteve presente em várias agendas. A nossa felicidade é maior ao ver duas representantes
acadêmicas da UMA na mesa de honra na Assembleia Legislativa, juntas do Secretário Nacional de Defesa da Pessoa Idosa e do Conselho Nacional da PI, além de outras autoridades dos 3 poderes. Estamos ocupando esse espaço de direito em prol de uma sociedade mais inclusiva e justa. A educação intergeracional é uma forma de enfrentamento à violência e de garantia de direito, previsto no Estatuto da Pessoa Idosa”, concluiu.
Sheila de Fátima Rodrigues, acadêmica da UMA falou sobre a educação continuada como meio de interação, troca de experiências e impulsionamento de novas perspectivas, além da ampliação do conhecimento adquirido ao longo da vida pessoal e profissional. Já a sua colega de turma e também presidente do Conselho Estadual da Pessoa Idosa, Ana Maria Thimóteo, sublinhou a necessidade de valorizar as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) como lugar de proteção e segurança em casos de ausência familiar – independente das razões do abandono.
Contando os fatos
A secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira, explicou os resultados de uma pesquisa realizada e apontou a importância das unidades públicas destinadas ao atendimento especializado às pessoas idosas. “É importante esse momento porque em pesquisa recentemente que fizemos para diagnosticar o perfil da população idosa, apuramos que 7% dos lares de Mato Grosso do Sul são sustentados por esse público e significa aproximadamente 200 mil residências. Essa pesquisa alcançou 26 mil residências nos 79 municípios do Estado. É urgente que tenhamos políticas públicas efetivas, especialmente criadas para esse público. No entanto, não vislumbramos políticas específicas que protejam a pessoa idosa e há uma ausência de centros dias. Se não avançarmos em relação a essa proteção, o Estado de Mato Grosso do Sul, como um todo, tende a enfrentar num futuro próximo, isso em 15 anos aproximadamente, uma situação bastante gravosa”, alertou.
Respeito a todas as fases
O representante do ministério de Direitos Humanos e da Cidadania, secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva, explanou sobre os programas, projetos e ações da pasta para o enfrentamento às violências contra a pessoa idosa. Ele também pontuou as ações desenvolvidas no Estado para garantir a proteção e os direitos deste público. “As ações que nós temos aqui no Mato Grosso do Sul envolvem a nossa campanha nacional que fala sobre liberdade não tem prazo de liberdade e o respeito a todas as fases da vida. Então é uma campanha nacional que procura a todo momento discutir as manifestações relacionadas ao idadismo. Escolhemos para esse ano fazer um enfrentamento ao idadismo institucional, ou seja, fazer um letramento para não perpetuar práticas idadistas dos diversos profissionais da saúde, da justiça, da assistência social, do trabalho e outros”, citou.
O profissional também comentou sobre o canal de denúncias de violações de direitos humanos. “Temos a ampliação do alcance da nossa ouvidoria que é o Disque 100 e há uma série de canais para o recebimento tanto pelo próprio celular, pelo telefone, por carta ou por e-mail. E isso é bastante importante. Hoje, a pessoa idosa ou quem está vivendo uma violação pode fazer essa denúncia na qual o anonimato é garantido”.
População de idosos em MS
Mato Grosso do Sul, assim como o restante do país, apresenta crescimento acelerado da população de idosos. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Trimestral (PNAD/T), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia, no Estado, no primeiro trimestre deste ano, 396 mil pessoas com 60 anos ou mais.
Esse número representa envelhecimento significativo da população sul-mato-grossense. Em dez anos, o crescimento dessa parcela populacional é de 59% - no primeiro trimestre de 2014, eram 248 mil pessoas com 60 anos ou mais. E, em apenas um ano, a alta é de 8,2% - havia 366 mil idosos em Mato Grosso do Sul nos três primeiros meses de 2023.
*Com informações da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
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