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Varíola M ainda é ameaça à saúde pública, alerta OMS

Brasil é o segundo país com mais casos da doença também conhecida como Mpox; Américas lideram regiões com 43,8% de todas as notificações, seguidas da África e Europa

29 Jun 2024 - 21h00Por ONU News
O vírus mpox (laranja) infecta células mostradas em verde - Crédito:  Niaid O vírus mpox (laranja) infecta células mostradas em verde - Crédito: Niaid

A Organização Mundial da Saúde, OMS, afirma que a varíola M, ou Mpox, segue uma ameaça à saúde pública com um total de 97.208 casos e 186 mortes em 117 países. O balanço é do período entre 1º de janeiro de 2022 e 30 de abril deste ano.

A agência chama a atenção para o evoluir da situação com a confirmação de mais de 3,1 mil casos em nível global desde o início de 2024.

Um homem recebe uma vacina contra a varíola M em uma clínica de saúde em PortugalUm homem recebe uma vacina contra a varíola M em uma clínica de saúde em Portugal - Foto: OMS/Khaled Mostafa

 

Brasil

Em abril passado, as Américas reuniam 43,8% dos infectados de todo o mundo. A seguir estavam a África com 29,9% e a Europa com 20,6%. Maio registrou cerca de 600 pacientes em 26 países e um aumento na região africana.

Já o Brasil, com 11.212 pacientes, é o segundo país com mais casos e aparece a seguir aos Estados Unidos. As 10 nações com o maior número global de ocorrências reúnem 32.820 pacientes.

No terceiro lugar da lista dos países com mais registros de varíola está Espanha, e depois Colômbia, França, México, Reino Unido, Alemanha, Peru e China. Juntos, estes países representam 80,8% dos casos relatados globalmente.

Infecção de HIV

A África do Sul teve “um surto significativo” de Mpox devido à variante clade IIb. Desde abril, as autoridades confirmaram 13 ocorrências e duas mortes de pacientes que tinham a infecção de HIV em estágio avançado e estavam internados.

A agência defende que embora viver com HIV não seja um fator de risco para Mpox, as pessoas com sistemas imunológicos debilitados correm maior risco de ficar graves e morrer.

A OMS apoiou a África do Sul em medidas de resposta imediata ao surto com informações para profissionais de saúde e pessoas em risco, além da promoção da vigilância, do rastreamento de contatos e do atendimento clínico para pacientes.

A agência disse estar avançando rapidamente para a etapa de fornecimento de recomendações de vacinação para as comunidades sul-africanas em risco.

O vírus da varíola M pode ser transmitido através da exposição direta às lesões.O vírus da varíola M pode ser transmitido através da exposição direta às lesões - Foto: © Harun Tulunay

 

Transmissão através de contato sexual

A República Democrática do Congo é marcada por um grande surto devido à variante clade I do vírus. Neste ano, o país “teve 9.291 casos clinicamente compatíveis e 419 mortes com uma alta taxa de letalidade de quase 5%”.

As crianças congolesas têm sido particularmente afetadas pela varíola M e as taxas de mortalidade são ainda maiores. A OMS anunciou a ocorrência de casos de uma nova cepa do vírus clade I na província oriental de Kivu do Sul com transmissão sexual que chegou a cidades como Goma, em Kivu do Norte, num acampamento de deslocados internos.

Outras nações africanas que relaram novos casos da doença são a República do Congo e Camarões. Para a OMS, o continente precisa de uma nova abordagem em meio à alta de casos da varíola M. Nesse processo é recomendado fazer “intensas investigações e esforços de acompanhamento para determinar as causas por trás do ressurgimento”.

Infecções sexualmente transmissíveis

A agência da ONU recomenda o uso de vacinas para pessoas em risco de contrair a doença adquirida através do contato próximo com um infectado, especialmente pele a pele.

A agência recomenda ainda que sejam integrados os serviços contra a Mpox nos atuais programas contra infecções sexualmente transmissíveis para interromper os surtos e eliminar a transmissão entre humanos.

Em áreas endêmicas, a OMS busca entender melhor como o Mpox se espalha e a atuação com os países visa “melhorar a vigilância e fornecer protocolos e ferramentas de investigação” para abordar essa questão.

Além disso, a agência pede prioridade dos países para a atribuição de recursos para vacinação, tratamento e iniciativas de saúde pública para grupos de risco para um combater efetivo a ameaça à saúde pública.

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